Simone Nogueira
MÉDICA | CRM 52.60546-6
Ginecologista
Especialista em Medicina da Reprodução Humana Assistida
Ginecologista
Especialista em Medicina da Reprodução Humana Assistida
Relógio biológico é uma expressão que martela a cabeça das mulheres que desejam ter filhos depois dos 35 anos. Isso porque, elas nascem com um estoque predeterminado de óvulos que, ao longo da vida, vai sendo reduzido em quantidade e qualidade. A questão é que, atualmente, cada vez mais mulheres optam por serem mães em uma idade mais madura e, exatamente por isso, têm mais dificuldade para engravidar. Mas quando essa demora se torna realmente um problema de infertilidade? A infertilidade pode ser diagnosticada pela ausência de uma gravidez após um ano de relações sexuais regulares sem o uso de métodos anticoncepcionais. No entanto, para mulheres com 35 anos ou mais, esse tempo pode ser reduzido para seis meses de tentativas naturais sem êxito.
Outras situações que também pedem atenção são aquelas em que o casal apresenta possíveis alterações iniciais, como um histórico de menstruações irregulares, infecção pélvica prévia, gestação ectópica (quando o embrião se forma fora do útero), laqueadura de trompas ou vasectomia. Para mulheres com endometriose e síndrome dos ovários policísticos é importante, ainda, buscar orientação precoce para saber quanto esses problemas podem interferir na sua fertilidade. É importante, no entanto, que o casal tenha consciência que pode demorar meses até conseguir engravidar, mesmo quando os dois são saudáveis. Isso porque, diversos fatores influenciam tanto a fertilidade, quanto o processo de concepção.
Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides a cada 70 dias e repetem esse ciclo até depois dos 65 anos, as mulheres nascem com uma reserva ovariana limitada, de 300 a 500 mil óvulos. Ao longo dos anos, esses óvulos vão diminuindo em quantidade e qualidade, o que influencia diretamente a fertilidade feminina e a probabilidade da mulher engravidar. Estudos indicam que a mulher apresenta maiores índices de fertilidade entre os 20 e 24 anos. Aos 35 anos, ela alcança metade das chances que tinha aos 25 anos, e isso vai diminuindo gradativamente. Aos 40 anos, a probabilidade de engravidar é a metade confirmada aos 35 anos. No entanto, a infertilidade pode ter origens diversas, com riscos iguais para homens e mulheres: 40% de chance de ser um problema dele, 40% de ser dela, e 20% de ser um problema dos dois. O consumo de álcool, cigarros, obesidade e sedentarismo também têm influencia direta. Por isso, manter um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e controle de fatores externos, como estresse e ansiedade, é fundamental para aumentar as chances de uma gravidez.
Após um ano de relações sexuais sem o uso de métodos anticoncepcionais, é fundamental procurar a ajuda de um especialista em fertilidade para descobrir os motivos pelos quais não se consegue engravidar. Outras questões podem auxiliar na decisão de buscar ou não ajuda médica. Por exemplo, se a mulher tem mais de 35 anos e está com dificuldade para engravidar há pelo menos seis meses, se tem histórico de menstruações irregulares, síndrome dos ovários policísticos, endometriose, se já sofreu mais de dois abortos ou teve alguma doença inflamatória pélvica. No caso dos homens, se ele tem problema de ereção e ejaculação, ou testículos fora da bolsa testicular (criptorquidia). Se a resposta para alguma dessas perguntas for sim, é indicada a avaliação de um especialista. O primeiro passo é entender o histórico de saúde do casal, além de realizar exames físicos e laboratoriais. Após a análise, é possível diagnosticar se o homem, a mulher ou os dois apresentam problemas de fertilidade. Com esses resultados também é possível à orientação quanto à escolha do tratamento mais adequado, aumentando as chances de uma gravidez. É importante lembrar, no entanto, que cada caso deve ser avaliado individualmente, sem comparações. Por isso buscar a ajuda de um especialista em fertilidade é fundamental.
Se do ponto de vista biológico o ideal é que a primeira gravidez ocorra entre 25 e 30 anos, a medicina já possui caminhos promissores para contornar os efeitos do tempo. Os tratamentos de reprodução assistida buscam aumentar as chances de ocorrência de uma gravidez a partir da manipulação de pelo menos um dos gametas (espermatozoides ou óvulos) e dos meios de fecundação, dando as condições ideais para que o processo aconteça de forma planejada. Ao longo dos anos, diversas técnicas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas com esse objetivo. No entanto, da mesma forma que um casal saudável não sabe se engravidará depois de uma relação sexual, aquele que realiza um tratamento de reprodução assistida também não tem certeza de êxito. Ainda assim, as chances de uma gravidez aumentam consideravelmente depois do procedimento. Estudos recentes mostram que os casais que recorre a um dos métodos de reprodução assistida consegue engravidar em 40% das tentativas. Por isso, para aqueles que estão enfrentando problemas de infertilidade, é fundamental manter a confiança e a tranquilidade!
A faixa etária entre 35 e 40 anos deve ser considerada decisiva para fertilidade feminina. Isso porque, as mulheres nascem com uma reserva ovariana predeterminada que, ao longo da vida, vai sendo reduzida em quantidade e qualidade. Hoje, porém, cada vez mais mulheres optam por serem mães em uma idade mais madura e, exatamente por isso, têm mais dificuldade para engravidar. Além da idade, outros fatores merecem destaque entre as principais causas da infertilidade feminina, como, por exemplo, endometriose, síndrome dos ovários policísticos, falência precoce da função dos ovários, infecções e alterações hormonais. Hábitos nocivos como consumo de álcool, cigarros, obesidade e sedentarismo também podem ter uma influência direta.
Há muito tempo que as mulheres já não carregam mais sozinhas o estigma de que a infertilidade é uma doença feminina. Em 50% dos casos, os homens são os responsáveis pela dificuldade do casal em gerar um filho. Ainda que algumas questões culturais costumem reduzir as chances de um diagnóstico precoce da infertilidade masculina, a boa notícia é que tem crescido o número de homens que superam o preconceito e procuram ajuda, percebendo o papel fundamental que possuem no tratamento do problema. Além de doenças como a varicocele, outros fatores também podem ser causas da infertilidade masculina, como processos infecciosos, alterações genéticas e hormonais. Estudos mostram, ainda, que o uso de anabolizantes pode comprometer de maneira significativa a produção de espermatozoides e levar até à azoospermia (ausência da produção de espermatozoides). O consumo de álcool e drogas também pode afetar a qualidade dos espermatozoides.
Mesmo após a realização de todos os exames para analisar as possíveis causas da infertilidade, cerca de 2% a 5% dos casais não conseguem descobrir alterações que justifiquem a ausência de uma gravidez. Normalmente, esse diagnóstico é acompanhado de muita frustação. Porém, é importante lembrar que a falta de respostas não significa a falta de um tratamento! Para casais considerados jovens, a revisão de hábitos como alimentação, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas já pode ajudar na melhora da fertilidade. Para outros, o acompanhamento com o profissional de confiança é fundamental para indicação do tratamento que seja mais adequado em cada caso. Entre as opções existem a relação sexual programada, a inseminação artificial, a fertilização in vitro, a laparoscopia e videohisteroscopia. Vale lembrar também que muitos diagnósticos de infertilidade sem causa aparente são resultados de exames mal interpretados. Por isso, é importante a busca por um profissional competente e de confiança. Apenas ele, com o olhar de especialista, pode chegar ao diagnóstico preciso e correto.
É preciso ter em mente que a fertilidade do ser humano é relativamente baixa. As chances de engravidar giram em torno de 20% ao mês para todo e qualquer casal. Dessa forma, é normal uma espera de cerca de um ano até se conseguir uma gestação de forma natural. Para acontecer a gravidez, todas as etapas do processo reprodutivo precisam estar funcionando da melhor forma, desde a ovulação, a produção de espermatozóides saudáveis e em boa quantidade, até o caminho percorrido pelo óvulo, a fertilização deste pelo espermatozóide e, então, a implantação do embrião formado no útero. Por isso, se você está enfrentando dificuldades para engravidar, saiba que esse é um problema que atinge muitos casais. Conheça um pouco mais sobre as principais causas de infertilidade em homens e mulheres e busque ajuda.
O conceito tradicional de família, composta por um casal heterossexual com filhos, já deixou de ser prevalente nos lares brasileiros. Hoje, encontramos habitualmente as famílias formadas pelas novas e diferentes configurações de laços de parentesco. Diante desse novo cenário, é cada vez mais comum que os casais homoafetivos e as mães e pais solteiros busquem ajuda das técnicas de reprodução assistida para realizarem, enfim, o sonho de ter uma família. Para os casais femininos e as mulheres solteiras, a fertilização in vitro ou inseminação artificial com o sêmen de um doador são as possibilidades indicadas. Já para os casais masculinos e os homens solteiros, a opção é a fertilização in vitro com a colaboração de duas mulheres: uma doadora anônima de óvulos, e uma familiar disposta a praticar a “barriga solidária” para gestação do bebê.
Os embriões excedentes e de boa qualidade não transferidos após uma fertilização in vitro de sucesso podem ser congelados para a eventual tentativa de um segundo filho no futuro. Ou então, caso a tentativa de fertilização in vitro não tenha resultado na gestação desejada, os embriões podem ser transferidos em ciclo subsequente sem necessidade de novo estímulo e coleta de óvulos.
Quando existem embriões excedentes em boas condições de congelamento, isso significa que a mulher respondeu bem às medicações para estimulação ovariana, que a fertilização foi adequada e que houve evolução para embriões de boa qualidade.
Nos casos em que o casal opta pela análise cromossômica dos embriões, ou em que é necessário postergar a transferência para evitar complicações (como a síndrome de hiperestímulo ovariano), também pode ser necessário o congelamento dos embriões.
O congelamento de óvulos é o método mais seguro para mulheres que pensam em postergar a maternidade, ou que irão passar por tratamentos médicos que podem levar à infertilidade, como radioterapias, quimioterapias ou cirurgias ovarianas.
O primeiro passo consiste na estimulação ovariana, com injeções de hormônio que estimulam a produção de óvulos, além de seções de ultrassonografia que acompanham o desenvolvimento dos folículos e determinam o momento exato da aspiração. Em seguida, os óvulos são coletados e congelados em um processo de vitrificação, sendo mantidos em nitrogênio líquido, sem limite de tempo. A quantidade de óvulos coletados e congelados irá depender da idade da mulher e da sua reserva ovariana até o momento.
As mulheres nascem com uma reserva ovariana predeterminada que, a cada ciclo menstrual, vai sendo reduzida em quantidade e qualidade. Essa reserva pode diminuir ou até se esgotar precocemente, antes dos 40 anos de idade, afetando de forma parcial ou definitiva a fertilidade feminina. É a chamada falência ovariana precoce ou menopausa precoce.
Em geral, mulheres com esta alteração começam a sinalizar o quadro com ciclos menstruais mais curtos, que vão se tornando escassos até interromperem totalmente a menstruação. O problema pode estar relacionado a alterações cromossômicas, doenças autoimunes ou até mesmo ao consumo excessivo de nicotina e álcool. Casos similares na família também pedem atenção.
Quando o paciente possui alguma condição que comprometa sua fertilidade ou será submetido a um tratamento oncológico, o congelamento de sêmem é uma alternativa eficiente. O indicado é que a amostra seja coletada antes do tratamento, já que as sessões de quimio ou radioterapia podem afetar a qualidade do DNA espermático, assim como reduzir a produção de esperma. Podendo inclusive, levar a azoospermia ( ausência de espermatozoides ).
As amostras são congeladas e mantidas em nitrogênio líquido, podendo permanecer assim por tempo indeterminado. A taxa de sucesso no descongelamento do sêmen é bastante alta, e o material pode ser utilizado posteriormente em tratamentos de fertilização in vitro e inseminação artificial.
No congelamento de tecido ovariano, fragmentos do ovário são congelados por tempo indeterminado e, quando a paciente estiver liberada para tentar uma gravidez, são reimplantados no organismo, podendo demorar cerca de quatro meses para voltar a ovular e recuperar as funções hormonais. Caso a paciente tenha trompas normais, pode engravidar naturalmente, caso contrário, pode realizar uma fertilização in vitro.
É uma técnica ainda recente, mas que já apresenta resultados promissores, principalmente para casos em que a mulher não pode ser estimulada com hormônios, ou precisa iniciar um tratamento oncológico com urgência, não dispondo de tempo em aguardar a indução da ovulação para o congelamento de óvulos.
Este tipo de complicação ocorre em cerca de 3% dos casais em idade fértil, não estando associado a uma faixa etária específica. Já a incidência de abortamento ocasional aumenta diretamente com a idade da mulher: 10% aos 30 anos, e de 30 a 40% após os 40 anos.
A doação de óvulos é uma opção oferecida para mulheres que estão em tratamento de reprodução assistida com seus próprios óvulos e desejam, que seja por altruísmo ou por auxílio na efetivação do seu tratamento, doar parte dos óvulos coletados. Nesse caso, a paciente doadora concorda em ceder parte de seus óvulos para outra mulher, a receptora, que por sua vez pode oferecer um auxílio para custear parte do procedimento de fertilização in vitro da doadora.
Geralmente, as receptoras são mulheres acima dos 40 anos, que não produzem óvulos em quantidade e qualidade, ou que realizaram tratamentos de doenças que afetaram sua fertilidade, como o câncer, ou que possuem alguma doença genética com risco de ser transmitida para o filho.
Por determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM), as doações de gametas e embriões devem ser anônimas e não podem ocorrer entre familiares. Todos os dados de doadoras e receptoras são armazenados, caso, no futuro, seja necessária a identificação da origem da doação.
A fertilização in vitro é um processo em que a fecundação ocorre fora do útero materno, em laboratório. Em seguida, há a transferência do embrião para o útero da mulher.
O primeiro passo do tratamento envolve injeções hormonais que ajudam a estimular o desenvolvimento de vários folículos ao mesmo tempo, Em seguida, eles são coletados e fecundados com espermatozóides (que podem ser doados ou do próprio companheiro da mulher). Depois, é realizada a transferência para o útero da mulher, no momento em que o endométrio está receptivo aos embriões. Todo esse processo dura cerca de 20 dias se o embrião for transferido no momento. Outra opção é congelá-lo para implantação em outro ciclo, por indicação médica ou opção da própria paciente.
Normalmente a técnica é indicada para casais em que a mulher tenha problemas nas trompas ou endometriose (o que pode dificultar a chegada dos espermatozoides até o óvulo), ou que o homem tenha problemas na produção dos gametas. É opção, ainda, em casos de falha na tentativa de outros métodos de reprodução assistida.
A ICSI é uma técnica mais elaborada de fertilização in vitro (FIV), que consiste na injeção de um espermatozóide dentro do óvulo maduro, quando se sabe que é mínima ou inexistente a chance de fertilizá-lo sem auxílio. As etapas do tratamento são idênticas ao processo convencional da FIV, com estimulação ovariana, coleta de óvulos e espermatozóides, e transferência do embrião para o útero materno. A diferença está no método utilizado pelo laboratório para fertilização do óvulo com o espermatozoide (seja de forma natural ou por meio da injeção do espermatozoide no óvulo). A injeção intracitoplasmática (ICSI) é indicada quando existe uma alteração severa na quantidade ou qualidade dos espermatozóides, ou quando existem condições que prejudicam a entrada espontânea do espermatozóide no óvulo.
Um dos métodos mais simples de reprodução assistida, a inseminação artificial consiste em injetar os espermatozóides diretamente no útero da mulher, durante seu período fértil, facilitando a união dos gametas para formação do embrião. Para o procedimento, são selecionados apenas os espermatozóides com melhores chances de fertilização, isolados em laboratório após a coleta do sêmen. No caso dos homens, a técnica é utilizada quando o volume, a quantidade ou a mobilidade dos espermatozoides apresenta problema leve ou moderado. Já para as mulheres, é importante observar se a paciente tem as trompas normais e os ciclos menstruais regulares. O método é contraindicado para mulheres com trompas obstruídas e homens com sêmen com alterações severas.
Hoje, os pacientes com câncer conseguem ter uma boa expectativa e qualidade de vida com os constantes avanços nos tratamentos da doença. Porém, esses mesmos tratamentos, que incluem a quimio e radioterapia, ainda têm um efeito deletério sobre o aparelho reprodutor feminino e masculino, podendo causar uma infertilidade transitória ou permanente.
Preservar a fertilidade desses pacientes significa guardar os gametas (óvulos e espermatozoides) congelados para uso futuro. O congelamento é feito preferencialmente antes deles se submeterem ao tratamento, evitando possíveis danos às amostras.
Para os homens adultos, uma opção viável é o congelamento do sêmen, que será usado em uma possível inseminação artificial ou fertilização in vitro. Para as mulheres adultas, o congelamento de óvulos ou de embriões são os métodos mais recomendados.
Depois de uma avaliação precisa dos fatores que podem impedir a gravidez, é possível tentar uma gestação com a programação da relação sexual. O objetivo é garantir que os espermatozoides estejam nas trompas no momento da ovulação.
A relação sexual programada consiste em acompanhar a ovulação espontânea, ou induzir o desenvolvimento dos folículos ovarianos com o uso de medicamentos, avaliando seu crescimento por meio de ultrassonografias seriadas. Quando o folículo atinge o tamanho ideal, é induzida a ovulação e, então, se estabelece a data exata da relação sexual. O método aumenta as chances de uma gravidez, principalmente em pacientes com disfunção ovulatória (aquelas que não ovulam ou ovulam tardiamente).
Popularmente conhecida como “barriga de aluguel”, a gestação de substituição envolve a cessão do útero para gestação do bebê de outra mulher. Para isso, o procedimento de fertilização in vitro (FIV) é realizado com os gametas do casal infértil, e a transferência dos embriões resultantes é feita para mulher doadora do útero. Em nenhum momento há participação genética da mulher que carrega o feto.
Durante o processo, ao mesmo tempo em que a mãe biológica passa por uma estimulação ovariana, a doadora do útero realiza o seu preparo endometrial, de modo a ter o organismo receptivo aos embriões no período adequado para transferência. Como em outros procedimentos de FIV, as chances de gravidez dependem da idade da mulher produtora dos óvulos.
A cirurgia para endometriose é indicada quando há acometimento das vias urinárias, intestino, presença de endometriomas (cistos nos ovários) grandes, além de dor intensa. Deve-se sempre poupar o máximo possível os ovários, para que a reserva ovariana da mulher não seja comprometida. Na maioria dos casos, o procedimento é realizado por videolaparoscopia.
O objetivo é estimular o ovário a liberar em um mesmo ciclo mais óvulos, quando naturalmente seria liberado apenas um. No procedimento, de forma segura e controlada, a mulher recebe uma dosagem diária de hormônios por um período de 10 a 14 dias. Durante esse tempo, também são realizadas ultrassonografias que avaliam o crescimento e a evolução dos folículos ovarianos. Quando eles atingem um número e grau de maturação adequados, é programada a inseminação artificial ou fertilização in vitro.
O procedimento de remoção cirúrgica de espermatozóides envolve a retirada dos gametas diretamente dos testículos ou dos epidídimos (pequenos ductos que coletam e armazenam os espermatozóides produzidos nos testículos). É indicado para homens que sofrem com azoospermia, ou seja, que não apresentam espermatozóides no seu líquido ejaculado ou naqueles que realizaram uma vasectomia, por exemplo.
De três a cinco dias após a coleta dos óvulos, é realizada a transferência de embriões para o útero da paciente. Neste dia, a mulher deve estar com a bexiga cheia, o que facilita o posicionamento do útero que receberá o cateter com os embriões. Após a transferência, é recomendado que a paciente fique de repouso relativo nas próximas 24 horas.
Quando o paciente apresenta sintomas como dor e atrofia testicular, ou mesmo quando estiver considerando um tratamento de reprodução assistida, é recomendado avaliar a necessidade de correção cirúrgica da varicocele.
Nos casos de infertilidade, o tratamento cirúrgico nem sempre vai melhorar a qualidade do sêmen. Por isso, a indicação cirúrgica deve ser sempre avaliada em conjunto com o quadro clínico do casal, e decidida apenas por um especialista.
É comum que alguns casais desistam do sonho da gravidez quando um deles ou algum familiar próximo tenha tido uma gestação ou um filho com alguma doença genética. Porém, com os avanços da ciência, hoje é possível descobrir se as reais causas desse problema foram congênitas ou hereditárias. Para isso, é indicada a realização de um aconselhamento genético.
O objetivo do aconselhamento genético é avaliar se um dos indivíduos do casal ou da família possui alguma condição genética que interfira no desenvolvimento do feto, além de identificar a melhor conduta terapêutica nesses casos, calculando os riscos genéticos de uma possível gravidez no futuro.
O exame de avaliação de reserva ovariana fornece uma estimativa do “estoque” de óvulos que a mulher possui até o momento. Ele não consegue prever o tempo restante de fertilidade ou a qualidade dos óvulos, mas traz informações que ajudam o especialista a orientar a paciente na tomada de decisões importantes.
Por exemplo, se o exame indicar uma baixa reserva ovariana, e ela não tiver nenhuma perspectiva de engravidar no momento, é sugerido o congelamento de óvulos para uma futura gravidez. Vale lembrar também que ao engravidar com óvulos mais jovens, mesmo em idade mais avançada, os riscos de alterações cromossômicas nos embriões são menores, relacionados à idade do congelamento dos óvulos.
Além disso, caso a paciente esteja em um tratamento de fertilização in vitro, passando por uma estimulação ovariana, as medicações e dosagens hormonais terão uma abordagem mais específica, visando o melhor resultado e aproveitamento do ciclo.
O exame consiste na realização de dosagens de hormônios produzidos por glândulas relacionadas ao processo de ovulação, como por exemplo, os hormônios sintetizados pela hipófise (FSH , LH, TSH ), tireoide (T4 LIVRE ) e ovários (estrogênio e progesterona). Também avalia os níveis do hormônio antimulleriano, importante medidor da reserva ovariana.
Exame radiológico que utiliza contraste para avaliação da cavidade uterina e da permeabilidade tubária. A histerossalpingografia verifica se há alguma anomalia no útero ou nas trompas de pacientes que apresentam dificuldade para engravidar. Pode ser feito, ainda, para investigação de outros problemas ginecológicos, ligados à anatomia, que também prejudicam uma possível gestação.
Os espermatozoides podem sofrer alterações em seu DNA, levando a condições que diminuem as chances de ocorrência de uma gravidez de forma natural. O teste de DNA Espermático pode, em casos selecionados, fornecer informações sobre os gametas, que irão complementar os resultados já obtidos no espermograma.
O PGT-A é um teste genético de diagnóstico feito em células retiradas do embrião, antes que ele seja transferido para o útero da mãe. O objetivo é identificar possíveis alterações cromossômicas.
A partir dessa análise, por exemplo, é possível evitar no tratamento de fertilização in vitro que embriões com alto risco de transmissão de anormalidades genéticas ou cromossômicas sejam implantados. Como resultado, as taxas de gravidez após a transferência embrionária aumentam significativamente, além da redução expressiva dos casos de abortamento espontâneo.
O PGT-M é indicado para famílias com histórico de doenças monogênicas como Fibrose Cística, Síndrome do X Frágil, Doença de Huntington, entre outras.
Avalia a anatomia pélvica, principalmente o útero e os ovários da mulher. A ultrassonografia transvaginal ajuda a detectar doenças como endometriose, pólipos endometriais, miomas, gravidez nas trompas ou fora da cavidade do útero, e cistos de ovários. No início de uma gestação, também é fundamental para avaliar a implantação do embrião, estimar o tempo e desenvolvimento do feto, além de detectar alterações genéticas.
Exame que permite a avaliação da cavidade uterina e análise funcional do endométrio, ou seja, se ele está compatível com o período do ciclo em que está sendo examinado. A videohisteroscopia é recomendada antes de procedimentos como a fertilização in vitro, para que a implantação dos embriões não esteja comprometida por possíveis alterações não detectadas na ultrassonografia.
Médica especialista em Reprodução Humana
O motivo que me levou a escolher a Medicina foi adorar ter contato com pessoas. Logo, na primeira semana na universidade, ao assistir pela primeira vez um parto, me apaixonei pela vida em seu princípio. Já naquele momento escolhi a Ginecologia e Obstetrícia como minha especialidade.
Poder cuidar de gestantes e bebês me fez ir além, e comecei a me interessar, sobretudo, pelo momento anterior à concepção. Optei, logo em seguida, por me especializar em Reprodução Humana Assistida, procurando acompanhar e auxiliar os primeiros momentos de formação da vida, desde a formação do embrião, concepção e seu desenvolvimento em suas primeiras semanas de vida.
Transferí-lo para o útero da futura mãe, acompanhar a implantação e evolução deste processo que considero um verdadeiro milagre é sem dúvida alguma, minha maior realização profissional. Atuo como médica especialista em Reprodução Humana Assistida desde o ano de 2002. Elaborando protocolos de estimulação ovariana controlada, acompanhando e orientando pacientes quanto ao uso de medicações durante todo processo, e assistindo as mesmas durante a realização de punções ovarianas. Dentre outras coisas realizei inúmeros procedimentos de transferência embrionária, inseminação artificial, videohisteroscopia e acompanhamentos dos protocolos de doação compartilhada de óvulos.
Já são mais 20 anos de experiência ímpar, tendo realizado mais de 10 mil procedimentos em minha trajetória. Ainda assim, busco sempre a individualidade de cada caso, sem esquecer que estamos diante de pessoas com desejos e fragilidades que não podem ser ignorados.
Dessa forma, procuro participar ativamente de todas as etapas do processo, para que os resultados sejam otimizados, as chances de sucesso nos tratamentos sejam plenas dentro de cada possibilidade!
CRM: 52.60546-6
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